O Príncipe Leopardo, segundo livro da Trilogia dos Príncipes, escrito por Elizabeth Hoyt caiu na minha mão por acidente. Um dos livros que tinha solicitado na parceria com o Grupo Editorial Record se esgotou antes que eu pudesse recebê-lo e, assim, me pediram para escolher outro, e optei por este romance.
Quando eu li O Príncipe Corvo, me surpreendi muito com a narrativa da Elizabeth Hoyt. Fui completamente descrente de um bom livro e encontrei uma protagonista feminina, forte e independente. Num romance de época!
Então, bom, eu não esperava nada menos que isso com O Príncipe Leopardo. E a sinopse prometia. Nada podia dar errado, certo? Né? *risos nervosos*
Eu posso ser um servo, mas não sou burro
Sempre achei romance hot um negócio meio problemático. Geralmente a narrativa é tão focada nas cenas de sexo, que a história acaba sendo deixada de lado. E as vezes isso é melhor do que muitas histórias que romantizam abuso por ai. O Príncipe Leopardo caiu na primeira categoria (dos males o menor, ufa!).
A mocinha da vez é Lady Georgina Maitland. Uma mulher independente e dona das próprias terras sem a menor intenção de arranjar um marido. O nosso galã? Harry Pye, um homem muito bem apessoado e administrador das terras que Georgina possui.
Eu preciso continuar?
[citacao fonte=”O Príncipe Leopardo” tamanho=”18″]Quando descobrira que o proprietário das varias terras que administraria era uma mulher, Harry ficara surpreso. Mulheres, em geral, não eram donas de terras. Normalmente, quando uma mulher possuía uma propriedade, havia um homem – filho, um marido ou um irmão – por trás de tudo, o verdadeiro mandante, a pessoa que decidiria como as terras seriam administradas. Mas, embora Lady Georgina tivesse três irmãos, era a própria dama que estava no controle.[/citacao]
É o clichê dilema de dama e empregado. Uma atração insana e nooooooossa mas ele é inferior, e a autoestima dele como que fica? Sua masculinidade, sua honra!
Acrescente aqui uma pitada de novela mexicana e situações absurdas e pronto. O livro é basicamente muita cena de sexo, dilemas familiares e… animais sendo mortos e pessoas querendo incriminar nosso protagonista.
MAS QUAL A VANTAGEM DO CLICHÊ?
Você achou que eu iria ficar falando mal do livro né? Pois pode tirar seu cavalinho da chuva porque, afinal, clichê existe porque clichê funciona.
Li o O Príncipe Leopardo em poucas horas. Devorei ele. Ri, fiquei ansiosa pelo o que aconteceria a seguir e meio eita! com o sexo selvagem. Em matéria de entretenimento a obra serviu perfeitamente.
E tem hora que ler livros é exatamente isso, um subterfúgio da realidade e maneiras de descansar depois de um dia cheio.
[citacao fonte=”O Príncipe Leopardo”]O Sr. Pye, lutando com a rolha de uma garrafa de vinho branco, ergueu o olhar e sorriu para ela. Por um momento, Georgina se perdeu naquele sorriso, o primeiro sorriso de verdade que vira no rosto dele.[/citacao]
Se você quer uma obra mais intelectualmente desafiadora, você pode entrar na nossa listagem de resenhas e ver outras indicações que eu fiz. Agora, se você quer se divertir, ler umas sacanagens e ama um barraco… cola aqui mesmo que esse livro é pra você.
Elizabeth Hoyt sabe como entreter, e mesmo que tenha rolado uma decepção por eu estar esperando algo ótimo e tem encontrado só algo bom, O Príncipe Leopardo entrou pra lista de romances hots que eu não odeio. O que é um senhor mérito por si só.
Uma edição elegante
Particularmente eu adoro a capa da Trilogia dos Príncipes. A aplicação em dourado com fundo colorido e os arabescos rebuscado dão uma certa presença pro livro. Acho a foto no centro meio perdida, mas nada que me incomode.
Lançado pelo Grupo Editorial Record,O Príncipe Corvo (o primeiro livro) e O Príncipe Serpente (o último livro da trilogia), já estão a venda. As histórias se interligam de maneira muito suave, sem a necessidade de ler numa determinada ordem.
[ficharesenha]