Esse é um daqueles livros que a paixão veio primeiro pela capa, depois pela sinopse. Inventei você? é uma daquelas obras de Young Adult que fala de um monte de coisas e ao mesmo tempo te deixa leve.
Como eu já comentei antes, maio foi um mês difícil para as minhas leituras. Logo depois de ler O Segredo de Heap House e adorado, os outros livros que eu já estava lendo foram se arrastando. Novamente, peguei outra obra para ler antes de concluir as anteriores, e dessa vez foi Inventei Você?.
E não deu para parar!
Quando eu digo isso pareço estar brincando, mas é sério. Esse livro me deixou sem dormir e ir pro trabalho no dia seguinte parecendo um zumbi.
E não é nem porque ele tem algo excepcional. Ele tem uma premissa bastante inteligente, apesar de meio superficial, mas nossa eu estava precisando tanto ler algo leve!
Em Inventei você? a nossa protagonista é Alex, é uma jovem que sofre de esquizofrenia e vive uma luta diária para descobrir o que é realidade ou invenção. Determinada a não ser louca o suficiente para não ser internada no hospital psiquiátrico e conseguir ir à faculdade, ela inicia o último ano do colegial em uma nova escola.
Munida de uma câmera fotográfica, uma Bola 8 Mágica e a irmã, que parece ser sua única aliada, Alex está determinada. Até ela se deparar com Miles, uma espécie de Gênio do Mal da sua turma. E o problema é que talvez, mas só talvez, ele seja um garoto que ela compartilhou uma memória importante da sua infância. E que ela passou os últimos dez anos acreditando ter sido uma alucinação.
[citacao fonte=”Inventei Você?”]Eu não entendia a maior parte do que ele dizia, mas não me importava. Ele foi o primeiro amigo que eu tive. O primeiro amigo real.[/citacao]
Em clima de guerra, mas com o respeito que só bons rivais sabem ter, a vida de Alex se transforma. Ela faz amigos e tenta viver a típica vida de uma adolescente. Ela só precisa ficar sempre atenta com as peças que sua mente lhe prega, porque não está preparada para ser normal.
A abordagem da esquizofrenia em Inventei você?
Nunca tive contato com tantos livros abordando doenças psicológicas e emocionais que nem nesse último ano. O tema explodiu, pelo menos aqui no Brasil. E eu gosto bastante dessas leituras, mas também fico preocupada.
Em Inventei você? a esquizofrenia de Alex funciona de maneira bastante estranha. É como se ela simplesmente tivesse alucinações aleatórias e consistentes. Não é atoa que ela mantém a câmera fotográfica sempre por perto. Ela usa o aparelho para sempre checar se o que ela viu era real ou não. Às vezes, a própria Alex conta, as alucinações aparecem nas próprias fotos e levam um tempo pra sumir.
Não tenho muito conhecimentos sobre esquizofrenia, talvez eu esteja falando besteira, mas acho que ela não funciona assim. E aí eu li na orelha do livro que a Francesca Zappia o escreveu aos 18 anos, sendo seu romance de estréia, e então fiquei mais preocupada ainda. Busquei no livro inteiro, principalmente nos agradecimentos, alguma nota à instituições especializadas. Nada.
[citacao fonte=”Inventei Você?”]Eu não podia me dar ao luxo de tomar a realidade como algo bem definido. E não diria que odiava as pessoas que podiam, porque, basicamente, eram todas as pessoas. Eu não as odiava. Elas não viviam no meu mundo. Mas isso nunca me impediu de desejar viver no delas.[/citacao]
Muitas pessoas usam os livros como fonte de conhecimento, mesmo que seja romances. Quando você se propõe a escrever sobre algo tão sério como uma doença (mesmo que meio que de forma mais informal) precisa-se tomar cuidado redobrado com a abordagem para que não aconteça de se passar uma informação errada ou distorcida.
É importante que você, como leitor, se lembre sempre de não acreditar piamente no que lê. Muitos autores utilizam a licença poética para adaptar cenários para que a narrativa se encaixe. Então, desde que você leia com essa ressalva, dá para passar tranquilamente por esse ponto.
Você tem cheiro de limão
O ponto forte de Inventei você? é definitivamente o romance. É impossível não amar o Miles, não amar Alex e não se divertir com a interação dos dois. O nosso pequeno grande Gênio do Mal inclusive levanta uns questionamentos morais que eu adoro ler sobre.
A narrativa, em primeira pessoa, é extremamente divertida. Como eu disse no começo, você vai passar voando pelo texto e vai se deparar no dilema do “só mais um capítulo…”.
A diagramação é muito agradável, os capítulos tem pequenas ilustrações junto do número. As peças de xadrez, a Bola 8 Mágica, uma lagosta… Todos elementos presentes na história de alguma maneira e simbolicamente importante para a protagonista. A capa, como vocês podem ver na foto, é linda demais.
[ficharesenha]
hellz
OI JADE
eu curto muito o seu formato de resenhas, porque você consegue capturar pontos interessantes e expressivos da obra e acabar deixando a gente curioso pra ler. Os seus títulos já mostram bastante disso!
na verdade, já vou caçar mais esse no skoob pra ler porque você conseguiu me pegar mais uma vez! HAHAHAHAH
beijo
http://www.beinghellz.com.br
Jade Amorim
hellzGata, primeiramente desculpa pela demora em te responder, quase dois meses. Minha vida virou de cabeça pra baixo e quando eu tive um tempinho inventei de fazer beda, e aí quando tu faz beda parece que tu não consegue fazer mais nada (tenho 30 posts atrasados para responder comentários lá lá lá ~). Fico feliz que goste do meu formato de resenha, eu refleti muito sobre como as faria , se naquele clássico resenha – titulo, autor ou se fazia algo mais dinâmico. Decidi que esse título mais cursivo seria mais interessante. Me deixa muito feliz saber que dá certo. Espero que goste da obra (se ainda não leu), e se leu me conte o que achou. É realmente um ótimo livro!
Vanessa
Você sempre falando de livros que dá muita vontade de ler agora mesmo haha. É tao gostoso encontrar um livro que nao conseguimos parar de ler, nao é? Nunca li nenhum livro que abordasse esquisofrenia, só alguns documentários mesmo. Enfim, gostei muito da resenha.
Jade Amorim
VanessaMenina, de vez em quando tem um ou outro que é mais sofrido, mas você que dá sorte de cair no post dos que eu falo dos livrão hinários. Fico feliz que tenha gostado da resenha, espero que leia o livro em breve!
Ah, e desculpa a demora pra responder os comentários, quando eu finalmente encontrei um tempinho aqui pelo blog eu resolvi fazer BEDA, e aí não consegui ter tempo pros comentários! 🙁
Michelly Melo
Oii! 🙂
Preciso dizer que eu amei a capa desse livro!
Concordo com você com relação ao que é a esquizofrenia. Conforme eu fui lendo a resenha também me pareceu um pouco diferente do que eu imagina ser essa doença. Ainda não li nada que abordasse uma doença assim, mas acho que seria uma boa leitura! Fiquei curiosa para conhecer mais sobre essa história.
Beijos
http://www.dezoitoprimaveras.com.br
Jade Amorim
Michelly MeloEu também amo a capa dele! Fico feliz que tenha se interessado pela obra, ele realmente me fez interessar mais pelo tema! E desculpa pela demora em te responder, quase dois meses. Minha vida virou de cabeça pra baixo e quando eu tive um tempinho inventei de fazer beda, e aí quando tu faz beda parece que tu não consegue fazer mais nada (tenho 30 posts atrasados para responder comentários lá lá lá ~).
Dai Castro
Eu também adorei os segredos de heap house me surpreendeu muito! E também me apaixonei pela capa de inventei você? antes de ler a sinopse haha Achei o livro interessante e divertido, gostei da abordagem sobre a esquizofrenia da Alex , mas também não faço ideia se a abordagem segue algum embasamento científico.
De qualquer forma, é um livro que me agradou bastante!
Beijos! ♡
Colorindo Nuvens
Jade Amorim
Dai CastroHeap House é incrível mesmo né? Inventei Você pode até não ser a abordagem mais segura sobre a esquizofrenia, mas tenho certeza que super vale pela diversão da narrativa!
E desculpa pela demora em te responder, quase dois meses. Minha vida virou de cabeça pra baixo e quando eu tive um tempinho inventei de fazer beda, e aí quando tu faz beda parece que tu não consegue fazer mais nada (tenho 30 posts atrasados para responder comentários lá lá lá ~). Beijo beijo!
Nath
Esse é outro livro que quero muito ler! Parece ser bem interessante!
Até onde eu sei, a esquizofrenia se ‘manifesta’ diferente em cada pessoa, e já li sobre casos muito severos e casos mais simples, em que a pessoa consegue ter uma vida bastante normal. Mas acho que em livros essas doenças são retratadas de forma mais dramática, né? Não todos, claro.
Gostei muito da resenha 🙂
Beijos
Jade Amorim
NathNath, esse foi um questionamento que eu me fiz também sobre a obra. Não pude dizer com certeza e fiquei meio preocupada, mas vamos torcer pra que ele seja bem tranquilinho. De qualquer maneira, é uma leitura ótima!
Inclusive desculpa pela demora em te responder, quase dois meses. Minha vida virou de cabeça pra baixo e quando eu tive um tempinho inventei de fazer beda, e aí quando tu faz beda parece que tu não consegue fazer mais nada (tenho 30 posts atrasados para responder comentários lá lá lá ~).