O que eu vou falar aqui é muito íntimo e pessoal, mas gosto ainda de manter a ideia de que o blog continua sendo meu refúgio. Vou falar muito então se não está afim de ler até o final, sinto muito.
Sábado (30) foi meu aniversário de 20 anos, e eu quase não fiz nada para comemorá-lo. É que, apesar de comumente aniversários serem conhecidos como data de alegrias, os meus costumam me deixar triste e com um gosto amargo na boca, porque além da minha família, eu sempre tenho a constatação de que, na data do meu aniversário, eu não tenho com quem celebrar.
Eu sou uma pessoa quieta e bem complicada de lidar. Não escondo isso de ninguém. Sou chata mesmo, não faço questão que gostem de mim porque tem dias que nem eu me suporto, mas nem sempre fui assim.
Eu vou contar para vocês sobre meu aniversário de 15 anos que, dentre todos eles, foi o que mais me marcou.
Quando debutei, não quis festa. Sempre achei que gastar dinheiro com algo que dura por uma noite um grande desperdício. Preferi ganhar um computador e fazer algo numa pizzaria. Planejamos e convidei todos que conhecia, os que estudavam comigo e os que eu vinha trazendo ao longo dos anos.
Como tinha chamado quase trinta pessoas, excluindo os familiares que estavam presentes, achamos que íamos precisar de pelo menos uma dúzia de pizzas. Mal comemos cinco. Porque das 30 pessoas que convidei, foram três.
E depois disso eu nunca mais fiz uma festa de aniversário.
Mas antes de avançar, vamos fazer uma pequena retrospectiva:
Sou de uma cidade com menos de 35 mil habitantes, estudei minha vida inteira praticamente em colégios particulares. Quando a minha única amiga se mudou, eu mudei de colégio no ano seguinte. Era uma espécie de recomeço, pois no colégio anterior eu sofria muito bullying e vivia excluída, e eu juro para vocês que me esforcei muito para criar laços.
Mas entendam, aquela turma que entrei na 9ª série estudava junta desde o pré, as panelinhas e círculos de amizade estavam formados e eles não eram muito adeptos à inclusão. Ainda assim eu tentei ser o mais legal possível com todos, sorria, conversava, tentava ajudar nas tarefas, pois competia pela melhor colocação no boletim bimestral e gostava de estudar.
Vivi na ilusão de amizade por mais de um ano. Nunca era convidada para absolutamente nada, mas estava sempre correndo atrás deles. Até que começou a chegar no meu ouvido que aquelas garotas, que eu achava que gostavam de mim, na verdade sempre me apedrejavam pelas costas.
Eu tentei ignorar, afinal, não queria viver sozinha. Até o meu aniversário de 15 anos.
Depois desse episódio eu decidi que antes só do que mal acompanhada. Comecei a ficar quieta na minha, levar livros para o colégio, ler muitas (muitas mesmo!) fanfics e escrever. Naquela época eu já tinha o blog há quase um ano e escrevia para Capricho. Aliás, foi uma quinzena depois do meu aniversário que eu fui publicada na revista e, bom, o clima mudou. Antes eu não existia, depois disso eu comecei a ser odiada.
É engraçado como as coisas acontecem, não é?
Mas ao invés de encarnar o beijinho no ombro pro recalque passar longe, eu fiquei incomodada com aquela atenção toda, e me fechei mais.
Como esperado, sem que eu corresse atrás, todas as minhas amizades, laços e vínculos naquela instituição se extinguiram. E em 90% do tempo eu estava bem com isso, minhas leituras, games e escrita me bastavam. Os outros 10%, bom, eu me sentia sozinha. E me enfiava em um namoradinho atrás do outro para tentar compensar – e foi quando meu relacionamento de 2 anos e meio veio a nascer (mas isso não vem ao caso).
No fundo, eu culpava a cidade por não ter amigos. Eu olhava para o lado e só parecia enxergar cowboy, cowgirl, gente fútil e muito, MUITO falsa. Eu queria ir embora dali o mais rápido possível.
E foi o que eu fiz. Me entreguei tanto aos estudos, que estudava de manhã no colégio e ia pro cursinho à noite. Troquei de colégio no meio do semestre por simplesmente ter decidido que não aguentava mais lidar com aquele pessoal, fui pra um colégio público que de nada pode me acrescentar pois lhes era ensinado pela primeira vez no terceiro ano o que eu tinha aprendido no primeiro e revisado arduamente nos dois seguintes.
Prestei o ENEM e alguns meses depois estava confirmando minha matrícula na UFMS, a federal aqui do meu estado, para jornalismo, o curso que eu sabia desde sempre que queria cursar. Vale ressaltar, só pelo prazer de compartilhar esse gostinho de vitória, que daquela turma do meu colégio que se achava OS estudiosos, eu fui a única a passar na Federal de primeira.
Aos 17 anos estava morando sozinha e com a missão de que eu ia fazer diferente e que ia me encher de amigos. Socializei como nunca, participei do trote e tentei conversar com o máximo de gente possível. Só que ao longo dos semestres eu descobri uma coisa: eu não sabia ter amigos.
Competitiva como sou, eu não queria ser mais uma numa nuvem enorme de amizade de terceiros. Eu queria ser A MELHOR amiga. Eu sempre quero ser a melhor em tudo que faço e eu me esforcei tanto, que não gostaram e me excluíram de novo.
No primeiro ano de faculdade eu me vi exatamente do mesmo jeito que estava quando ainda estava no colégio. Me resguardei e dessa vez a fuga foram em games e animes, principalmente no período da greve geral que teve naquele mesmo ano.
O tempo passou, conheci o pessoal da XD Comic Shop, me soltei um pouco, fui melhorando como pessoa com os tropeços, me fodi legal em uns relacionamentos, cresci muito com outros. Esse ciclo da vida que todo mundo já conhece.
Aos poucos fui me aproximando novamente de alguns da faculdade, apesar de metade da minha turma não olhar na minha cara ainda. No aniversário de 19, apareceram cinco pessoas, e nenhuma da turma da facul, mas era alguma coisa.
No desse ano, depois da insistência, resolvi fazer num sushi aqui perto de casa. Chamei trinta pessoas fora família, todos confirmaram, nenhum apareceu. Alguns, comicamente, vieram com a mesma desculpa do ano passado – engraçado como as pessoas passam mal no dia dos aniversários né -, outros inventaram uma nova, outros simplesmente não foram.
Curiosamente, eu conheci muitas pessoas naquela semana através de um grupo do whats e revi amigos que não via e conversava há pelo menos seis meses. Esses foram. Teve alguns que eu não sabia quem era porque era a primeira vez que via pessoalmente, e ainda assim estavam lá. Gosto de brincar e pensar que foram porque ainda não me conheceram de verdade e acham que sou legal, mas espero que isso não aconteça.
Se tivessem me pedido para fazer discurso, eu teria chorado que nem criança. Cada um que foi nem que fosse só pra me ver, sem comer nada, tem um cantinho especial no meu coração. Até aqueles que lembraram de aparecer no after na casa do meu namorado, onde nos divertimos até quatro horas da manhã com jogos e mais jogos de tabuleiro e cartas.
Algumas coisas eu aprendi nessa data, como todo aniversário é um grande aprendizado em relação às pessoas. Uma delas é que amigo que é amigo dá um jeito de aparecer, mesmo que vocês não se falem ou se vejam a meio século. Em segundo lugar, as vezes o carinho vem de onde você menos esperava e isso é uma surpresa incrível. Às vezes quem você acha que é amigo, é apenas colega. E não adianta tentar, porque quando um não quer, dois não brincam.
Mas, principalmente, que eu amo muito cada um de vocês, agradeço por me aturarem. Espero que saibam que eu me esforço sempre pra ser uma pessoa melhor e que podem contar comigo sempre que for necessário. E eu só escrevi tudo isso, pra no fim poder dizer obrigada e que esse foi, de longe, o melhor aniversário que eu tive na minha vida – tão bom que nem lembramos de tirar fotos.
Espero que possamos repetir. De verdade. E me desculpem por ser tão piegas.
Patricia Leardine
É um lindo texto, Jade. Amizade é uma relação que sempre me encucou. Às vezes aconteceu, às vezes despareceu, às vezes foi nocivo, às vezes foi bom enquanto durou. Realmente: amigo mesmo dá um jeito para aparecer e se importa, não que a gente tenha que ignorar as pessoas por não corresponderem, mas simplesmente não esperar demais. Continue a cultivar as boas amizades, e não importa quantos amigos sejam.
Luigi Lunewalker
Sua boboca afarinhada. Você acha que vinte foi legal? H-uh, espere vinte e um! É o ano em que podemos ganhar o jogo. Então, vamos fazer uma bagunça ainda mais legal em 2015. Isso me soa como algo divertoso. H-eh.
Aliás, eu juro que, enquanto eu lia, imaginei que teria um PS dizendo "Luigi, ainda espero meus biscoitos!", haha, bem, estou esperando o momento oportuno para te dar esses biscoitos.
Não se esqueça, menina, vamos curtir pra caramba ainda nessa vida zoneada que levamos. E nós ainda vamos escrever algo juntos, isso é uma promessa.
P.S.: Você acha que não tiraram fotos, mas eu tenho algumas. H-eh.
Alex Araujo
Eu vi que sábado era seu aniversário, e só não te mandei um parabéns porque eram quase 2 da manhã e eu tinha acabado de chegar do trabalho :/
Pra falar bem a verdade, eu acabei não mandando porque eu achava ( ainda acho ) que não posso ser considerado um amigo seu, já que não temos um certo nível de intimidade. E sim, eu sei que isso parece mais uma das minhas manias estranhas, e realmente é (mais isso não é relevante).
Enquanto eu lia o texto, eu reconhecia alguns pontos em que me identificava com você.
Acho que estou começando a "aprender a fazer amigos" só agora que eu entrei na faculdade, e reconheço que ainda não sou muito bom com isso (sempre vejo o lado ruim das pessoas, e nunca dou liberdade para que sejam tão íntimas de mim).
Eu acho que amizade é algo que aprendemos durante a vida, cada pessoa no seu próprio tempo.
Estou aprendendo a lidar com isso agora, e tenho certeza que você vai aprender (ou já está aprendendo) a lidar com isso tbm, e vai tirar esse desafio de letra. Afinal, todos precisamos ter um amigo que fala pra caralho (e isso vc faz muito bem diga-se de passagem rsrsrs).
P.S: Me convida pra bagunça de 2015 hehe 😉
Nicolle Ignacio
Esse seu texto resumiu uma parte da minha vida 🙂
Engraçado como vivemos experiências semelhantes às dos outros e sequer percebemos isso. Enfim. Seu penúltimo parágrafo é a mais pura verdade (que, coincidentemente, o meu primeiro ano na faculdade me ensinou muito bem).
Bárbara Castilho
Tive que comentar, pois me identifiquei demais com você.
Eu nunca tive muitos amigos. Das várias pessoas que conheci ao longo dos anos, posso dizer que não mantenho relação com nenhuma pessoa que não esteja fazendo no momento algo que eu também estou (tipo, não convivo com o pessoal do colégio agora que estou na faculdade e talz). Não tenho amigos de infância, mal tenho amigos agora!
Em 2012, sofri um problema pessoal e familiar muito grave, o qual eu simplesmente não posso ficar contando pra todo o mundo e sequer teria coragem de fazer isso. Por conta disso, me afastei das pessoas ainda mais. Pergunta se alguém notou que eu estava mal? Tenho a sensação que as pessoas só querem estar perto da gente quando está tudo bem. Quando algo está errado, todo mundo foge porque não quer aguentar "uma mala sem alça", haha…
Enfim, agora que eu to saindo da "bad", percebo que as coisas não são tão assim. Muita gente se afastou de mim porque ficou com medo de ter feito coisa errada (sim, relatos reais, hahaha). Talvez minha fase de depressão que tenha contribuido pra isso. E se não for? Aprendi que existe um botão do foda-se ;D
PS: queria saber colocar as coisas pra fora de uma maneira tão clara e tão bonita quanto você fez ;D
=*
Ariana Coimbra
Ai que raiva de você ter escrito isso tudo e ter acordado certos sentimentos que estavam adormecidos dentro de mim. uhsuhsuhsus
Bom, eu também moro em uma cidade pequena (33 mil habitantes), odeio o dia do meu aniversário, talvez pelo mesmo motivo. Eu faço aniversário nas férias, e por isso, quase sempre no dia do meu aniversário as pessoas que eu queria comigo estavam viajando. (estou falando de uns dez anos pra cá), antes eu comemorava todos os anos, fazia festa e tal. Ate que comecei a ficar seletiva e só saia pra barzinhos com as amigas intimas, depois que elas vinham me visitar. Ate que um dia, uma pessoa super especial pra mim, simplesmente esqueceu do meu aniversário, não me ligou, não mandou mensagem e não veio aqui. Caralho!Que chateação, que mágoa. Hoje, essa pessoa não faz mais parte do meu ciclo de amizades, mas preciso confessar que no meu aniversário desse ano, eu senti falta dela. Porque pra compensar esse ano que ela "esqueceu", ela esteve super presente nos demais que viveu comigo.
Agora na faculdade, eu sou a "excluída", por sempre falar tudo que penso, por não me moldar pra agradar alguém e por preferir ficar no meu mundinho e às vezes deixar o meu egocentrismo dominar. E cara, é chato isso, porque você sabe que no nosso curso, o que mais tem é trabalhos em grupo, e porra, sou individualista, não por me achar melhor que alguém, mas por medo da decepção.
No momento, converso com poucos da minha sala, e isso me basta. Já com pessoas de outras salas sou outra pessoa, totalmente simpática. (não sei explicar o porque), mas foda-se eu, o negócio aqui é o seu aniversário.
Eu escrevi uma felicitação que considero "não tão fofa, eu desejo mais coisas," sabe porque? Por você sempre demonstrar ser mais fechada, eu tive um certo receio de empolgar e você tipo: "essa guria é louca?"
Mas reforço aqui, eu te desejo, não só no dia do seu aniversário, mas em todos os outros, as melhores pessoas, os melhores sorrisos e todo o amor do mundo.
Bianca Karina Teles
Acabo de perder o primeiro comentário que fiz no seu blog, mas deixa eu respirar e começar de novo. (Acho que a página atualizou, ou foi enviado e eu nem vi. Vai saber!). Já vou logo avisando que ainda não conhecia seu blog e me deparei com um post tão pessoal que me sinto até um pouco atrevida em estar comentando. Mas, vou tomar a liberdade de comentar como se fosse íntima, pode ser?
Posso não ter passado pelas mesmas situações que você ou carregar a mesma personalidade que a sua, mas eu entendo. Você se expressou de uma forma tão leve que compreendo as suas palavras. No meu caso, eu tenho muita facilidade com as pessoas. Eu sou muito espontânea e tagarela, é tão claro que afirmo sem medo de estar errada… E isso me faz ser mais a vontade ao redor de pessoas que ainda não conheço, que estou conversando pela primeira vez ou desse tipo. Mas a minha questão é que eu acho que não sei cultivar amizades. Consigo sempre ver essa minha falha. Seja até mesmo passeando pela timeline do facebook (são onze da manhã e eu já vi que um grupo de amigos foi ao cinema ontem, e uma amiga formou no final de semana, e não fui convidada por nenhum dos dois!). E é sempre assim. Não é falta de conversa, mas talvez tenha algo em mim que não saiba conquistar as pessoas e puxá-las para meu círculo de amizades, que por sua vez é bem pequeno. E quanto ao assunto principalíssimo do seu post, os aniversários, nem fala… Eu não gosto muito de aniversário também. Compartilhamos esse gostinho amargo na boca. Eu desisti de convidar as pessoas para o meu aniversário – ano passado, fiz festa, com direito à bolo e muita comida gostosa. Mas não convidei ninguém. Não chamei uma pessoinha sequer. E ainda assim, apareceram duas amigas (fora os familiares).
E eu sei muito bem que é nessas situações de tristeza e decepção que nós encontramos as pessoas que estão ali realmente por nós. O carinho vem da pessoa mais inusitada, né? Vem daquela pessoa que você para e pensa logo: "mas eu nem sabia que era tão importante para essa pessoa…". Pensando bem, aniversários podem parecer meio bobocas por serem considerados um evento tão grande no nosso ano, mas, se você quer saber, fazer aniversário significa que você está completando mais um ano. Um ano onde muitas pessoas estiveram presentes na sua vida e que te ajudaram a caminhar até chegar nesse dia – e muitas vezes, queremos só compartilhar um momento de alegria e vitória com elas.
E pensando desse jeito, não me pareceu ter muita solução. Pareceu superestimado. Pareceu sem saída. Só nos resta esperar o próximo aniversário e ver quem é que vai aparecer dessa vez? Mas, seus últimos parágrafos me dizem totalmente o contrário. Agradecer não é o que nos resta, agradecer é o que nós devíamos fazer antes de pensar nos apesares né? Ficar lamentando por quem não aparece nem se importa quando há por quem se alegrar pela arte de se importar conosco…
Agora que você encontrou uma luz e também me deu uma luz, que as pessoas que se importam e a cativa com motivo para isso continuem em sua vida. Que elas te ajudem a caminhar nesse novo ano e que estejam junto com você para te ajudar nas felicitações desse que passará! 😀
Beijocas.
Camila Martins
Me identifiquei com várias partes do drama que você viveu/vive. Meu pai é corretor de imóveis e sempre gostou muito de negociar a própria casa. Isso gerou uma mudança de cidades indescritível, na minha vida. Em alguns anos, cheguei a me mudar mais de 5 vezes e cada vez em um lugar bem distante do anterior, com isso eu sempre me mudava de escola. Não sou a pessoa mais sociável do mundo, sou bem fechada e todo mundo fala que tenho cara de brava/nojenta (mesmo quando só estou fazendo cara de nada), então eu nunca fui a pessoa mais popular da escola – pelo menos não no sentido de ser amada – mesmo assim era conhecida por todos, pois sempre era odiada. Não tive a sorte de estudar em escolas particulares e as públicas em que estudei não eram as melhores, então eu perdi as contas de quantas vezes apanhei no fim da aula. Apanhava porque eu nunca fui de levar desaforo pra casa e não me importava se a menina que estava zoando comigo era do 3º ano enquanto eu era da 7ª série, eu respondia mesmo! No final, não tinha ninguém pra me defender e eu apanhava. Mas também batia muito! hauahauah
No ensino médio mudei para escolas onde a civilização e bons costumes haviam passado, então felizmente eu não apanhava mais. "Só" era zoada. O tempo passou, hoje eu já não me importo, de verdade. Nunca sou a pessoa mais querida do local, até em ambientes corporativos as pessoas insistem em me odiar, sejá lá qual for o motivo que alegam. Com isso, o que posso dizer é que eu não confio nas pessoas e não sou cheia de amigos. Mas os que tenho, surgiram naturalmente, sem que eu forçasse a barra para fazer amizades. E esses são verdadeiros. Dá pra contá-los em uma única mão e sobra espaço, mas sei que na medida do possível, posso contar com eles.
Então, o que te desejo, além de um feliz aniversário (atrasado), é que desses novos amigos, possam surgir aqueles pra vida toda. Afinal, se de 30 aparecer apenas 1, mas esse 1 for verdadeiro, é o que mais vale a pena e com certeza vale por todos os outros!
Blog Subexplicado
miamacedo
que lindo esse post <3 me identifiquei muito! como eu falei no Rotaroots, faço jornalismo também e tive uma trajetória muito parecida com a sua – para mim o colégio foi um inferno por causa do bullying e da dificuldade de fazer amizades, algo que mudou com a faculdade. e engraçado que eu escrevi para a capricho também, o meu texto foi publicado quando eu tinha 14 anos e estava em São Paulo para a viagem de formatura do ensino fundamental. coincidência encontrar alguém com a experiência de vida tão parecida com a minha haha beijo
http://www.miamacedo.wordpress.com
Japona.*
Vim ver o post de desabafo e você conseguiu me cativar e me emocinar, eu não tive problemas em relação a amizades, até era bem rodeada de amigos e amigos até hoje tb, mas eu tive problemas com bullying mas por causa do peso e te entendo de uma certa forma, mas as vezes as coisas acontecem para deixar a gente mais forte, tudo isso aconteceu pra você crescer e amadurecer, e encontrar pessoas maravilhosas que tenho certeza de que essas pessoas maravilhosas vão fazer você esquecer de TUDO o que aconteceu e começar a viver uma nova etapa 😀 amigos são tudo, mas a gente vai percebendo aos poucos os que são amigos verdadeiros, esse fds passado (30 e 31), fiz uma festa de anivesário também, convidei várias pessoas, e como sempre acontece não foram todas, e as vezes essas pessoas dão desculpas, e a gente acaba pegando no flagra (facebook) que a desculpa foi bem esfarrapada mesmo (aconteceu comigo), mas tem hora que a gente tem que ligar o foda-se e se preocupar com pessoas que realmente gostam da gente 😀 então seja feliz, mesmo com 3 amigos, ou 15, seja sempre você, porque tenho certeza de que isso já é o suficiente 😀
Beijinhos :*
japona.mairanamba.com
Paula Januzzi
Tenho um texto com tema muuuito semelhante ainda nos rascunhos do meu blog e quando eu li o seu só conseguir pensar: "transmimento de pensação cara D:"
Não posso dizer que passamos pelas mesmas coisas, mas amizade é algo que eu tive que reaprender a lidar, e ainda estou tentando ultimamente… Ler seu desabafo me fez ver as coisas por outro angulo, e no final um pouco mais otimista quanto a minha própria situação. Espero, de coração que seus próximos aniversários, e todas as outras datas sejam muito felizes e que possa compartilhá-las com pessoas maravilhosas ^^
Bete Ovando
Que legal Jade meu niver foi no dia 29..rsrs
E ao ler seu texto era como se eu estivesse vendo um pouco da minha vida, o que passei, e venho passando.
Tbm sempre fui a excluida de tudo, dificil de fazer amizades devida a grande timides que tive e ainda tenho um pouco, porque procurei mudar isso em mim, porq sempre me atrapalhou mto, e isso acabava afastando as pessoas de mim, por eu ser muitooooo séria e no fim eu passava a impressão de chata e metida..rsrs
Até teve um caso de escola, onde eu era novata q antes de me conheceram melhor disseram pra mim q me axavam metida..kkk Mas com o tempo aprende relevar essas coisas, só do importancia para quem realmente merece minha amizade e gostam de estar ao meu lado me aceitando do jeito q sou.
Tbm teve uma época de escola q tentei me socializar cm todos da classe, foi uma fase legal da minha vida q sempre me veem a memória, tive sucesso em alguma partes em outras nem qro comentar…kkk..
Agora com relação a festas de niver, isso só foi na infancia, depois q entrei para adolescência nunk fiz muita qstão..rsrs mas é nessa data que sei qm são meus amigos, q lembram de ligar para dar os parabéns é mto bom receber esse carinho..
Nossa quase fiz um post aki tbm..rsrs mas é q super me identifiquei cm td, adorei sua visita ao meu cantinho, volte sempre.. bjs!!!
Camila
Um desabafo de grande valia Jade!! Gostei de voce de cara, te falei isso ne??
Valeu muito a pena te conhecer, e só não me disse do sushi kkk eu teria ido com certeza !
Vamos marcar mais coisas aqui em cg para fazermos… gosto de papear =D
Lembro que me contou resumidamente no ônibus sobre isso, e fiquei pensando o motivo de não gostarem de voce sabe?!!
Te gosto viu?
Se cuida !
http://www.chadecalmila.com
Stephanie
Que intenso!
Eu me identifiquei em vários pontos do seu texto, o meu pai me deu uma educação militarizada, ele nunca aceitou uma nota menor que 10 e eu me via o tempo inteiro tendo que ser 'a melhor da melhores', toda minha vida da época não lembro de amigos, só lembro da humilhação, de ser excluida, de sofrer. De trocar também de namorado, até namorar por 2 anos.
E o meu aniversario de 15 anos, minha mãe levou um bolo surpresa pra escola de música e TODOS foram embora! Foi o meu pior aniversário.
Só que no meu caso, melhorou na faculdade, por lá fiz amigos pra vida inteira, fui pra festas, me diverti e hoje tenho amigos.
Aprendi que se não gostarem de mim, quem esta perdendo é eles, não eu. Virar escoteira só reforçou isso, porque lá também fiz muitos amigos, amigos mesmo, pro resto da vida.
Se cuida menina, as pessoas que gostam de vc, gostam do jeito que você é… problemas da outras que não sabem o que estão perdendo 😀
Beijos
Arthur Claro
Gostei desse post. Parabéns.
Arthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Bianca Viveiros
Eu também sou meio anti-social. Tipo, uma sala de 25 alunos e só converso com três fico sentida quando falam mau de mim por trás, ou faz aquela cara de sai da que muié, mais aprendi a suportar. A vida é curta, mais nesta estrada toda, nos mostra quem são os verdadeiro e nos surpreende com os novos amigos.
Um beijão!
http://umamineirasonhadora.blogspot.com.br/
Jessi Quadros
Adorei o texto!
Esse imagem do post é perfeita!!
Ah e parabéns atrasado! rs
Bjs
http://www.garotadebotas.com
Gislei
o post é realmente bem pessoal, e eu amo isso!! Super curti cada detalhe do texto, o que acabou me levando a seguir imediatamente isso aqui!!! ♥ Super curti o espaço e tudo mais.
gislei.com
Marlana
Acho que temos muita coisa em comum… Escolha de profissão, quieta e as vezes chata, querendo sempre agradar, por isso a coisa de ter que ser a melhor amiga, mudança de escola, cidade pequena (a minha tinha 40mil habitantes) até mesmo a parte dos aniversários, sério, parecia eu escrevendo esse texto, exceto pela parte em que eu não tenho um namorado e nunca escrevi pra Capricho. Sua escrita é impecável e eu espero que os próximos aniversário tanto pra mim quanto pra você sejam melhores que os anteriores ♥
http://www.palavrasrepetidas.com
Bruna
Oi Jade, fiquei muito tocada com a sua história, pois me identifico em vários aspectos. Talvez não tenha sido a mais excluída ou odiada, mas sempre fui a que não agradava a todos e a que não fazia á sofri muito por não pertencer aos grupos, por muitas vezes me sentir deslocada. Mas, hoje vejo que tudo o que passei foi para que aparecessem na minha vida pessoas melhores que aquelas que se foram, falsas amizades deixadas para trás. Sou de poucos amigos, posso contar nos dedos (só os das mãos mesmo), mas cada um deles preservo com o maior dos carinhos e dedicação, pois sei que são de verdade. São pessoas que me conhecem e mesmo assim gostam de mim! hahaha Então, espero que nessas novas pessoas, você encontre os poucos e verdadeiros, que façam valer a sua amizade! Feliz aniversário (atrasado), que você seja sempre muito feliz! Beijos
Hellen 。◕‿◕。
Apesar de algumas pequenas diferenças, me identifiquei com seu post.
Eu também não sei ter amigos… Mas é por que não consigo manter as amizades. Mensagens de "como você tá?", "vi isso e lembrei de você", "o que fez no final de semana?", eu não consigo mandar, acho besta. Mas isso é necessário para manter uma nova amizade ou até mesmo uma antiga.
Na escola tinha duas amigas que era grudada, mas hoje eu não consigo mais conversar com elas. Os interesses ficaram tão diferentes, e sinto que elas não me aceitam mais. E novas amizades são difíceis por que não sei até onde posso contar.
Meu aniversário de 20 anos também passou em branco. Queria simplesmente dizer que não ligo, mas me importo muito. Queria um bolo, um parabéns, um presente feito a mão.
Mas agora estou melhorando, percebi que tem gente realmente disposta a ser meu amigo, agora vou me esforçar para retribuir. No curso que faço há 2 anos, praticamente só agora comecei a falar com algumas pessoas, e apesar de ainda me sentir sozinha, não choro mais no caminho de casa por não ter companhia para um sábado à tarde.
Feliz aniversário atrasado. E que as coisas melhorem mais ainda para você nesse quesito ^^
Carol Caniato
Em primeiro lugar, feliz aniversário atrasado!
Em segundo, hoje é meu aniversário também e essa sempre é uma data que me coloca pra pensar.
Sinto muito por toda essa situação que rolou com você. Nem tenho o que dizer. Simplesmente aconteceu, fez parte da sua vida, mas acho que de certa forma você amadureceu, cresceu e aprendeu com isso, que é o que acontece com a gente nesses momentos, né?
Hoje, eu tenho umas seis pessoas que considero amigas de verdade, que sei que posso contar, pedir ajudar, conselho, sair pra me divertir, etc. E eu não poderia pedir por mais! As vezes a gente tenta ser algo que não é, só pra ter certas coisas, mas no final o que a gente é, no fundo, é o que nos aproxima de certas pessoas e que nos faz conquistar algumas coisas.
Enfim, só pensando alto por aqui…
Beijinho, Jade!
Bianca Pereira
Oi, Jade! Eu tomei vergonha na cara e vim comentar aqui. Sempre passo, mas não costumo deixar comentário. (não fique brava comigo ;-;)
Eu achei o texto muito fofo, sobre agradecer seus amigos <3, mas também achei triste. Eu queria me abrir como você, conseguir contar essas coisas tão pessoais e mostrar pra quem se importa e vem aqui ler. Me identifiquei muito contigo (exceto a parte de gostar de estudar LOL) em relação as pessoas da minha sala e de como eu me iludi – e continuo sendo idiota por continuar me iludindo – em questão as falsas amizades. Também a parte dos namoradinhos. Gente, eu fiz muita escolha idiota na minha vida, mas acho que tudo isso serviu pra construir o meu eu agora. Não gosto dele como é, mas tem pessoas que gostam e eu aprecio isso tanto. <3 Acho que todo mundo que nunca participava das panelinhas e sempre se sentia "deslocada" na escola passou por isso: solidão. Acho lindo você ter força de vontade e se esforçar pra fazer amizades e, no tempo que não era possível, se focar em coisas tão legais – como fanfics. *3* Meus aniversários sempre passaram em branco e, como é praticamente na virada do ano, nunca consegui convidar ninguém pra participar dele comigo. Nunca quis festa, comemorar em lanchonete, nada, porque eu SABIA que ninguém ia aparecer. ;-;
Ahhhh, chega de falar de coisas tristes. u_u Parabéns atrasado pelos seus 20 anos, parabéns pelo blog, parabéns por tudo o/
Beijos~
Guilherme Dantas
Eu te amo… E estarei em todos os seus nivers q eu puder estar, mesmo a gente ficando dias ou meses sem se falar!!! Kkk minha linda! Bjao