Conto – A Última Noite de Inverno – Parte 4.
“When the dogs were barking at the new moon
Whistling a new tune
Hoping it would come soon”
Assoviando uma musica nova
Esperando que chegasse logo”
Por ter vivido boa parte da minha vida dentro de uma redoma de vidro, sempre fui muito ingênua para as malicias do mundo, para as malicias dos homens…
Carlos, um dos meus antigos colegas de classe ficava me olhando de uma maneira estranha onde quer que nos encontrássemos. Ele já não falava mais comigo, porém mesmo assim me olhava daquele jeito que me deixava constrangida, com um sorriso indecifrável nos lábios.
Rafael não gostava dele, isso era visível em seu semblante, além de que sempre estavam brigando. Eu defendia Carlos dizendo a ele que estava exagerando. A única coisa que ele fazia era me pegar pelos ombros, sacudindo-me levemente dizendo, quase aos berros, que as intenções do rapaz comigo não eram boas e que ele apenas queria me defender. Mesmo com 17 anos eu não sabia nada sobre essas segundas intenções da parte do Carlos.
Quando eles já terminavam de tirar a minha blusa Rafael apareceu, só que ele estava sozinho, portanto em desvantagem. Eles começaram a brigar e meu amigo apanhava, mas eu não queria que isso acontecesse só que mesmo assim não conseguia fazer nada.
Sentada e estática observava a tudo aquilo chorando em silêncio. Quando o susto já tinha, de certa forma sumido, eu resolvi agir.
Posicionei a minha mão como apoio para me levantar e acabei me cortando com algo pontiagudo, ao invés de exclamar com dor, sorri. Virei o rosto e me deparei com uma afiada lâmina de vidro, meu sorriso se alargou e instantaneamente a agarrei com força como se ela fosse fugir sem me importar se o sangue já caía das minhas mãos e escorria em direção ao antebraço.
Eu mais do que depressa fui ao seu encontro e abracei o corpo quase inerte de modo desajeitado, pousando sua cabeça em meu colo enquanto sussurrava ao seu pé do ouvido que estava tudo bem. Ele me olhou com os olhos trêmulos que já começavam a perder o brilho e tentou sorrir-me de um modo acalentador, o que não fora algo muito bem sucedido. Começou a falar com dificuldade, a voz rouca e trêmula, três palavras que fizeram meu coração tremer, essas foram: “Eu te amo”. Incrédula o fitei nos olhos e ele apenas se deu ao trabalho de sorrir levantando o braço com o intuito de me acariciar o rosto de leve, ao sentir o toque fechei os olhos. Senti que o mesmo queria falar algo mais e o olhei novamente, as forças lhe faltaram e seu corpo faleceu, fazendo com que o braço que estava levantado caísse no chão pesadamente. Naquela hora, o céu chorou sobre nós.
“And the sun was wondering if it should stay away for a
day until the feeling went away”
“E o sol estava se perguntando se deveria se afastar por um dia
Até o sentimento ir embora”
Mais uma vez fiquei ali chorando sobre outro corpo morto, desta vez os pingos da chuva me acariciava a pele de um modo que eu achei que fosse até para tentar me confortar. A polícia não tardou, porém mesmo com os poucos minutos sucumbi ao desespero, beijando a face falecia de forma ávida, querendo talvez transferir um pouco de vida de um corpo para o outro.
Os dias que se passaram depois daquele acontecimento não foram dos melhores devido ao fato de ter tido os processos, enterros e etc.. Foram dias duros para mim e tudo àquilo só fez com que a minha situação piorasse, fazendo com que tivesse pesadelos ainda piores à noite. Pesadelos cheios de sangue e rostos de angustia, àquilo me fazia bem, eu ria dentro de meus sonhos e era eu quem fazia tamanhos estragos.
Várias vezes tentei cortar os pulsos apenas para ter o prazer de ver sangue jorrar. Consegui fazer com que vários psicólogos saíssem do ramo apenas com meus comentários, e alguns chegaram até mesmo a me recomendarem psiquiatras.
Depois de alguns meses o processo teve fim e eu fui livrada de qualquer e total culpa que pudesse me acusar, tinha matado uma pessoa naquele dia sim, porém em legitima defesa. Os amigos de Carlos foram presos e eu senti que um peso tinha sido retirado das minhas costas.
Pra você que me ama.
kellen valeska
Oie..
Nossa essa parte de hj foi forte ,hein..
Nossa deve ser uma barra ter q passar por uma cena dessa,qualquer pessoa depois de passar por tudo isso com certeza teria problemas piscólogios,mas nada q o tempo não melhore!
Há q pena q já vai acabar a história!=/
Tava tão bom =)
bjo;)
Max Psycho
sobre seu novo blog meninos tem penis e meninas tem vaginas (cena de um tira do jardim da infancia)
Lucas
Lembrei amiga eu tinha lido essa parte ontem!! Mas foi no serviço e lá o ant-virus não deixa eu postar comentários hehe é empresa fechada…
ai esqueci de comentar, estou loko para ver o novo blog…
essa parte foi forte hehe ameiiiiii passa emoções…
bjxxx!
Anônimo
nossa.. ki lindo..
essa parte,,eim.. nossa,, chorei aqui !
fikou lindo + triste = perfeitttoo